quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sargento da Aeronáutica preso por estupro atacou mulher que estava com bebê de 5 meses

Ela empurrava o carrinho de bebê quando militar chegou se masturbando

O segundo- sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Junior, preso na última sexta-feira (7) e que confessou ter estuprado pelo menos dez mulheres em vários bairros da zona norte do Rio, não tinha limites na hora de escolher suas vítimas. Uma mulher que procurou a Delegacia do Engenho Novo (25ª DP) na última quarta-feira (12) disse ter sido abordada pelo militar enquanto passeava com o filho, um bebê de apenas cinco meses. 

O crime aconteceu no dia 16 de novembro, em um horário pouco comum para os ataques do sargento, 17h30, já que ele costumava agir por volta das 8h. A nutricionista de 26 anos passava com o filho em um carrinho de bebê pela rua Luiz Anchieta, no Riachuelo, quando levou um susto com a aproximação de Edvaldo. 

Ele encostou a moto e deixou a vítima presa entre o veículo, a parede e o carrinho de bebê. Segundo o depoimento da vítima, o sargento já chegou se masturbando e disse: “Boa tarde. Prazer, qual é o seu nome?”. 

Apavorada, a nutricionista começou a gritar. Irritado, Edvaldo a mandou parar, calar a boca, mas a vítima não parou. Os gritos chamaram a atenção de um vizinho, que apareceu para socorrer a nutricionista. 

O militar voltou a subir na moto e fugiu. 

A mulher decidiu procurar a polícia após ver as reportagens sobre a prisão dele na imprensa. O delegado Antenor Lopes Martins Junior, titular da 25ª DP, disse estar chocado com esse novo caso. 

— A cada dia que sai uma nova reportagem na imprensa, mais vítimas comparecem à delegacia. Só ontem, foram mais três registros. Atacar uma mulher com um bebê, uma criança de colo, demonstra que ele estava completamente descontrolado, fora de qualquer limite. Esse homem é uma ameaça. 

Prisão preventiva decretada 

Edvaldo deve ficar preso até o julgamento. Na última terça-feira (11), mesmo dia em que o prazo da prisão temporária dele venceu, o juiz Rafael Estrela, da 35ª Vara Criminal, decretou a prisão preventiva do militar. 

Na decisão, o magistrado relata a própria confissão de Edvaldo: “O acusado descreveu minimamente a dinâmica dos fatos, o que retrata sua personalidade inclinada à prática de delitos contra a liberdade sexual”. 

O juiz acrescenta que casos como este têm chocado a opinião pública. 

“Ações delituosas como estas estão assustando a sociedade, encontrando-se todos, à espera de uma pronta intervenção do Poder Judiciário, mesmo que de natureza ainda provisória, deve ser decretada a prisão do acusado para a garantia da ordem pública, da aplicação da lei penal e elucidação dos fatos”. 

Além de responder pelos crimes na Justiça comum, o militar também é alvo de um procedimento interno aberto pela Aeronáutica. Ele será submetido ao Conselho de Disciplina, que pode decidir pela expulsão de Edvaldo. 

"Vontade incontrolável" 

Edvaldo Silva Rodrigues Junior disse em depoimento na Delegacia do Engenho Novo (25ª DP), que não conseguia ficar mais do que dois dias sem violentar uma mulher, pois “sentia uma vontade incontrolável”.

"Vai ser rápido, não fique nervosa", dizia sargento preso por estupros Edvaldo também disse que sentia muito prazer em se masturbar na rua e que começou a fazer isso com a intenção de que as mulheres o vissem, mas que há aproximadamente quatro meses decidiu abordá-las e obrigá-las a masturbá-lo e a fazer sexo oral nele. Ele também exigia penetração nas vítimas. 

Ainda em depoimento, o militar diz que violentou dez mulheres, mas atacou outras cinco. Essas, porém, conseguiram fugir. Edvaldo ainda listou os bairros onde fez vítimas: Inhaúma, Engenho Novo, Méier, Ramos, Engenho de Dentro, Marechal Hermes, Rocha, Sampaio e Piedade, todos na zona norte.

R7

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